JORNAL UNDERGROUND: Oi Paul, primeiramente, MUITO obrigada por nos conceder essa entrevista, estamos MUITO felizes por ter uma participação sua aqui no Jornal Underground
PAUL: queisso... :) é nóizz
JORNAL UNDERGROUND: Como é para você viver rodeado de bandas conhecidas e não conhecidas sempre? Rola de ter amizade entre vocês?
PAUL: Eu sempre tive banda... mas nenhuma boa... haha Sou da mesma geração do NxZero, Strike, Fresno... Quando eles estouraram minha banda continuava ruim... A desculpa do pessoal era que eles estouraram porque se venderam, eram "viados" "playboys" ...mas eu sabia que não... eles só fizeram tudo certo e tiveram sorte. Sempre tive o Gee, o Marcelinho, o Pe Lanza, o Mi, o Tavares como ídolos... E agora ter eles como amigos é surreal pra mim. Morei 4 meses na StrikeHouse esse ano, o Marcelinho virou um tipo de irmão mais velho, o Pe virou um dos meus melhores amigos. Coisa que nem passava pela minha cabeça ano passado... Era um sonho distante.
JORNAL UNDERGROUND: A Pexera é uma produtora conhecida em todo o Brasil, o que você acha em saber disso?
PAUL: É surreal. Acho que isso vem de um conceito nosso de não ter muito cara de empresa. Não temos "clientes", temos "Brothers"... E uma coisa minha... meu medo em todo trabalho é fazer algo comum. As vezes pode nem ficar do jeito que eu achava que ia ficar, que as pessoas esperam, mas fica diferente... Cria um conceito. Acho que por isso ta rolando tanto barulho.
JORNAL UNDERGROUND: Qual é a sua relação com o Lourenço (Luringa) ? Como se conheceram ?
PAUL: Conheço o trabalho dele faz muito tempo. Sempre tive ele como uma referência. Gravei o clipe do Ivo Mozart ano passado, e uns dias depois ele fez as fotos do Ivo, que falou de mim pra ele. O DVD do projota foi o primeiro trabalho que fiz com o Luringa, depois ele me chamou pra dirigir mais alguns clipes. Até rolar o convite de eu virar sócio da Pexera. O Luringa é como se fosse um irmão. Por mais maluco e lesado que ele seja hahaha é um puta profissional, criou uma cena que não existia.
JORNAL UNDERGROUND: Como foi que surgiu a ideia de escrever a "Fábrica de sinos" e "Como estragar um jantar romântico com uma garota pelo qual é apaixonado"?
PAUL: O Fábrica de Sinos é algo que ta na minha cabeça faz muito tempo. Essa história da teoria dos 83, é uma coisa muito minha. O Fábrica, na verdade é um longa metragem, o curta é só uma cena que na verdade nem está no filme, mas são os mesmos personagens, a mesma situação.
O Como estragar um jantar romântico também é uma coisa bem minha. Eu sou nerd! Essa cena de sair com uma garota e bancar o completo idiota é comum pra mim.. hahaha
JORNAL UNDERGROUND: Qual é a sua reação depois que vocês lançam algum clipe para o público?
PAUL: Antigamente eu me importava mais... Ficava lendo os comentários... divulgando... Mas confeso que de um tempo pra cá eu lanço um e já começo a pensar no próximo e no próximo... Fizemos 40 clipes esse ano...Impossível acompanhar todos hahah
JORNAL UNDERGROUND: A Pexera significa o que exatamente na sua vida?
PAUL: Uma fase exelente. Já passei por várias produtoras trabalhando, e fui dono de 2, a WF e a Lunática. Mas a Pexera realmente tem uma mágica, um conceito diferente. São muitos profissionais bons e querendo trabalhar pra mudar a cena. Meu objetivo de vida não é bem vídeo clipe, quero ir pro cinema assim que possível. Mas junto com isso quero ajudar a fazer da Pexera a maior produtora de clipes do país.
JORNAL UNDERGROUND: Como você vê a cena do Underground do Brasil?
PAUL: Tenho uma banda ainda, a ChokoFreaks que nunca saiu de lá... É complicado hoje em dia. Na minha adolescência a cena era mais forte. Toda semana tinha a Seatle Night, Hangar.. E tudo sempre lotado. Acho que é tudo um ciclo. Agora estamos em uma fase que a mulecada vai crescendo e preferindo ir pra balada que pra show de Rock. O Rock em geral sofreu um pouco nesses últimos anos, mas já consigo ver uma mudança. Na minha opinião o que alimenta o underground é o mainstream... As bandas grandes de SP estão chegando com um material novo incrível, como o CD novo do Strike, da Fresno, do Gloria, do Nx, o material novo da Restart, que já ouvi coisas muito boas. São esses caras que vão fazer essa mulecada mais nova preferir ter uma banda de Rock que ficar perdendo tempo em balada. E fazendo isso o underground vai se movimentar. Sei que algumas bandas se orgulham de ser underground a vida inteira, mas particularmente, eu não. Acredito que artista vive de aplauso, e quanto mais pessoas ouvirem o que você tem a dizer, mais aplausos. Acho que é isso :)
JORNAL UNDERGROUND: Bem Paul, estamos chegando ao fim da nossa entrevista, deixe um recado para as pessoas que curtem o seu trabalho (assimn como eu).
PAUL: Muito obrigado! É surreal isso... só sou um nerd brincando com uma câmera hahaha Brincadeira. Me esforcei bastante sabe? Eu sonho alto, mas vou buscar. Ainda falta muito, mas continuo, não tenho plano B. "Sonhar e não desistir, Cair e ficar de pé" Gee Rocha
Bjão!!!!
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Entrevista: Evelyn Oliveira
Foto: Acervo Pessoal
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