Cena Underground Carioca
A decadência do cenário underground veio ocorrendo durante a época do Emocore e dos produtores que aproveitaram para se lucrar, através de cota de ingresso. Como na época, algumas pessoas criavam bandas para conquistar pessoas (mulheres, em sua maioria) e os produtores se importava com o dinheiro, muitas bandas ruins surgirão. Com o crescimento desses sangue sugas financeiros, muitas bandas boas do cenário, resolveram entrar em hiato. Com isso, o crescimento deles e de bandas “ruins”, enfraqueceu o cenário. As pessoas da vanguarda começaram a deixar de ir nos eventos, pelo o preço da entrada, a qualidade das bandas e principalmente pela a qualidade do local, que boa parte nem valia o preço do ingresso. Com isso, foi ressurgido a era “Disco Music”, sendo que a diferença que invés de bandas, são DJs tocando músicas para todos os gostos. Com a facilidade da internet, o crescimento dessas festas foi e é imenso. Amigos de amigos vão sempre e cada vez mais esse tipo de evento enfraquece o cenário underground. Sem contar que o naipe de produção é diferente: bons DJs, divulgação de qualidade em fotos, boa parte que vão nessas festas são mulheres (e bonitas por sinal). Algo que você vê diferente no underground (sem ser grosseiro). Tivemos uma melhora nesses últimos anos e graças a internet. Com a criação de programas de edição de música, hoje em dia, as bandas podem produzir o seu próprio CD ou EP. Diria que estamos na era do “Home Studio”. Uns dos maiores problemas de nós que temos banda é ter dinheiro para gravar um material, e isso facilitou muito as nossas vidas. Lógico que nem tudo é um mar de rosas. O crescimento de bandas “ruins” não diminuiu e o pior: com esse problema de se apresentar num local bacana, com a massa virtual de divulgação através do Facebook e Youtube, as bandas começaram a criar “rivalidade” entre si. (diria que é um recalque indireto). Dificilmente você vê bandas ajudando as outras, através de uma indicação de evento ou até mesmo numa apresentação. E se apoia, muitas compartilham o material da outra banda, em prol de algum benefício. No momento, a cena underground não está ruim, Os eventos em São Gonçalo e Rio de Janeiro estão voltando acontecer com mais frequência, e isso é muito bom. O que está ruim é a qualidade das bandas, dos músicos e a quantidade de pessoas que “ajudam” as pessoas, em prol de algum beneficio. Ao meu ver, para melhorar isso é ser um pouco egoísta também. As vezes, a melhor solução é tocar na varanda de sua casa para amigos que realmente gostam do seu trabalho musical, do que ir para um evento com mais de 500 pessoas que “mostram” que gosta, porque sua banda é “popular”. Para mim, a solução é evitar ter convívio com esses tipos de pessoas.
Coluna escrita por: Tiago Barros
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